AS ESCOLHAS...

Me dei conta de que a vida é como uma ponte em ruínas, por mais difícil que seja atravessar é necessário ter calma...

Imagina você ao ir deitar era apenas uma criança, mas quando acorda tudo muda, você percebe que agora terá que fazer escolhas, que terá que assumir responsabilidades... O problema é que ontem você não precisava fazer nada disso e agora se vê na obrigação de tomar decisões para a sua vida...

E aquela(e) garota(o) que pensou que a infância duraria para sempre, percebe que a vida adulta começa a bater na porta... Li um texto que dizia o seguinte: "o tempo é como um rio que corre, suas águas jamais se repetem..." Feliz poeta, ao dizer isso abre os olhos daqueles que insistem em se trancar frente o futuro...

O caminho que seguimos nos atrai com vários atalhos, mas estes atalhos não levam as pontes e sim á beira do precipício... Triste dúvida deixada ao jovem, seguir no caminho mais longo e difícil, ou ir pelo mais que nos leva mais fácil ao fim... A resposta para muitos é óbvia, mas para aqueles cegos pela neblina do medo é a mais complicada que existe...

Você aí está certo das suas escolhas? Bom e eu? Prefiro não comentar!

Às vezes não percebemos o que nos rodeia, as situações, as escolhas... Os ensinamentos muitas vezes estão tão perto, mas nossos olhos se fecham e não conseguem ver... Eu acredito muito que as dificuldades nos ensinam muito mais que as facilidades, que os choros ensinam muito mais que os sorrisos, as derrotas mais que as vitórias...

São com os choros que aprendemos a valorizar cada sorriso... São com as dificuldades que aprendemos a não desistir... São com as derrotas que aprendemos a lutar e vencer a preguiça...

VIDA

Eu fico olhando a vida em si, tantas coisas acontecem, tantas barbaridades...

Hoje eu escutei um pai dizendo que sua filha está doente, mas ele não poderia ir até ela apesar de ser sua maior vontade... Me perguntei, mas antes mesmo de querer achar a resposta ele disse que estava trabalhando pra mandar o dinheiro dos remédios... Por que? os hospitais dão remédio de graça... Pobre e ingênua eu sou, a vida não é tão fácil assim...

Custumo dizer que o mundo é dos ricos, uma pequena minoria que cria leis para uma grande maioria... e me passou pela cabeça todo aquele desespero daquele pai, tendo que ficar longe do seu maior tesouro, para tentar salvar sua vida!

É engraçado ver o contraste... Enquanto alguns estão em belos hospitais bem estruturados, bons médicos, bons equipamentos... Muitos estão em filas de hospitais sem estrutura alguma lutando pela vida... Enquanto alguns estão nas melhores escolas, com bons professores, um brilhante futuro pela frente... Muitos estão nos piores colégios, com falta de professores e andando quilômetros de distância para chegar...

Minha tristeza não é ver que existem pessoas bem de vida, mas sim ver que estas não se preocupam com tantos outros que lutam para sobreviver... O que vejo? Seres que insistem em serem chamados de humanos, mas não fazem muito para encontrarem o verdadeiro significado da palavra humanidade.

BULLYING... RENASCER DAS CINZAS

Quando eu era criança prometi a mim mesma que jamais ia crescer, o problema é que isso é algo inevitável... minha promessa pareceu que não ia ser cumprida, mas mesmo crescendo nunca esqueci da minha inocência de criança... ainda na infância descobri que o mundo não era tão colorido como eu imaginava, mas sim cada um tinha seu mundo e sua cor. Descobri que o ser humano tinha esse nome por pura vaidade, pois na prática a humanidade não existia. Fiquei com medo, pois não esperava encontrar tudo isso... e senti na pele o veneno da pior arma humana, a língua... me senti só em um lugar vazio e sem forma, a menininha apenas inteligente e excluída do restante... minhas lágrimas não diminuiam minha dor... os apelidos, as brincadeiras sem graça tudo isso me machucava muito... seria eu tão diferente, tão estranha, tão esquisita? Me escondia atrás dos livros, dos trabalhos, das atividades, e o pior é que mesmo tão só todos sempre queriam fazer os trabalhos comigo... por algumas horas me sentia feliz e aceita, mas depois que tudo terminava, as coisas voltavam ao normal. Não tinha raiva das pessoas, mas sim de mim mesma... será que eu dou motivos ou será que sou muito calada? Sempre pensava. Mas mesmo procurando me culpar nunca encontrava motivos pra isso. Os anos se passavam e aprendi sem querer a não confiar nas pessoas. As coisas foram melhorando, mas as marcas que ficaram não sararam... consegui conviver melhor com os que me cercavam, mas mesmo assim sempre ficava com um pé atrás... quando pensava então em respirar em paz vinha alguém e me sufocava com suas palavras, e eu quieta sofrendo sozinha perdia o ar novamente... andava nas ruas e se via alguém sorrindo sempre achava que estavam me criticando, isso me sufocava mais ainda... os anos se passaram e tentei mais uma vez me reerguer, estava feliz e ansiosa pois agora eu iria mudar de escola, mas mesmo com tudo o que eu tinha vivido sentiria sim saudades, pois mesmo tendo vivido momentos horríveis, mesmo poucos, mas vivi momentos bons ali. Ao chegar pensei mil coisas, tudo vai mudar, tenho agora uma nova oportunidade... calada no meu canto como sempre observava as pessoas, e prometia a mim mesma que iria me dar bem com todos... algumas semanas passaram e eu pensando está reerguida, percebi que novamente tentavam me sufocar... no começo me enganava dizendo que não era comigo, mas era impossível eu sabia que aquelas brincadeiras vinham em minha direção. Qual não foi minha decepção ao ver que o problema não era com as pessoas, mas sim comigo... se tornou insuportável, pois agora não era só na escola, mas em todo lugar que eu ia. Andava de cabeça baixa, sempre com passos largos e rápidos... na escola chorava muito, mas aí aconteceu uma coisa que jamais tinha acontecido... ali mesmo ninguém me conhecendo direito, me deram a mão, não permitiram que eu caisse mais uma vez... mas mesmo assim a ferida que nunca tinha sicatrizado sangrou novamente. Amigos, tive a chance de encontrar o significado dessa palavra, pessoas que não me julgavam e sim me apoiavam... de uma forma desagradável as pessoas foram obrigadas a pararem, mas eu dei um passo, e não permitir que elas fossem processadas... pedi e disse sem arrependimento que não devemos pagar jamais o mal com o mal... esse mês faz um ano e meio que todo aquele tormento acabou... o restante daquele ano foi difícil, mas não cai novamente, talvez ali muitos descobriram que aquela menina calada não era assim por timidez. Dei grandes passos e comecei a me sentir melhor... quando este novo ano começou as pessoas descobriram um novo lado meu, o da alegria, da esperança, e muitos daqueles que me criticaram tornaram-se meus amigos. Hoje levo tudo o que vivi como aprendizado, sei que isso me ensinou a ser uma pessoa forte e melhor, não converti minha tristeza em depressão, mas em força pra continuar seguindo... meu sonho hoje é levar a alegria as pessoas que choram, uma palavra de conforto aos que se calam, e um abraço aos que se isolam, pois eu já precisei muito de apoio e não tive. Sei que as marcas ainda existem e que mesmo dizendo não me importar com o que dizem de mim, eu ainda lá no fundo me importo. Mas me proponho todos os dias a não me deixar sufocar novamente, e coloco como objetivo principal ajudar as pessoas. Hoje sempre que vejo um amigo, ou um colega de sala ou até alguém que não conheço tento sempre o alegrar, e posso dizer que é fazendo as pessoas que me cerca rirem das minhas loucuras que eu me sinto feliz... agora só preciso dar um novo passo aprender a gostar de mim mesma, e assim terei consiguido dar um belo salto para o futuro. Não quero me esquecer dos fatos, mas aprendi que tudo na vida tem seu lado bom e seu lado ruim, eu escolhi ver o mundo pelo lado bom. E vc aí de que lado escolheu ver a vida? D.C.

Fechamos os nossos olhos para as coisas do mundo, nos preocupamos muito com o eu e não com o nós...preciso de roupas, de perfumes, luxo... e enquanto nos preocupamos com coisas tão futéis, existem pessoas morrendo de fome... existem crianças sendo chefes de quadrilhas perigosas... existem pessoas abusando de crianças inocentes... monstros oferecendo drogas para pequenos de 2 anos... pais matando filhos, filhos matando pais... não, mas tudo isso é normal... é normal tirar a vida de outro ser, é normal roubar o que os outros levaram anos pra construir, normal estragar sua vida por pó, normal passar fome... tudo isso é apenas pra passar a vida mais rápido! É assim que as pessoas parecem pensar, mas quer saber... NÃO É NORMAL NÃO! Não é possível que todos vejam essas coisas acontecendo e fiquem calados diante dos fatos... não é possível que fechem os olhos e os ouvidos para os gritos da conciência. Por que não assumimos nossa parcela de culpa? Porque em vez de tantas palavras não vem as ações? Vejo todos dizendo: “o mundo precisa de nossa ajuda”, “precisamos salvar a humanidade”, “precisamos ajudar os nossos jovens”. Nossa que belas palavras, fico até comovida! Mas não adianta só falar bonito eu quero ver fazer bem feito! As palavras jogadas ao vento são como poeira só servem pra embaçar a visão, mas as palavras transformadas em ação, são como o cimento junto com o tijolo, podem formar um sólida e bela construção!Minha preocupação também é com os meus colegas de idade! É você aí jovem de corpo e de alma! Não se cale, não abaixe a cabeça! Tenha voz! Tenha vez! Grite mesmo que todos não queiram te ouvir... fale, aja, construa... por que vai até parecer uma frase passada, mas o mundo precisa de você... você tem o direito de escolher qual caminho tomar, por favor não cometa os mesmos erros! Sei que deve está pensando: a sociedade não escuta a juventude! Mas vale lembrar que pra ser escutado é preciso falar, afinal como diz minha vó, ningém sabe o que calado quer. Então vai, é não fica parado não! Ei age! Tá com medo? Com vergonha? Deve se ter vergonha é da sociedade que vivemos hoje. Vamos lá galera não fica esperando alguém da o primeiro passo, dê você e deixe que os outros te sigam...

Ás vezes por puro medo nos escondemos atras de sorrisos, de palavras, de gestos. Ás vezes por puro medo deixamos de ser nós mesmos pra sermos o q os outros querem. Ás vezes por pura inocência deixamos de lado a alegria para vivermos a adrenalina. Por puro medo assassinamos com palavras aqueles que nos intimidam, roubamos dos outros a alegria de viver. Por puro medo... batemos, xingamos, nos escondemos atras daquilo que nos faz viver uma mentira, nos escondemos atrás da raiva que serve apenas como um escudo para um ser fragil... é apenas por puro medo... e esse medo nos impede de dizer que amamos, que erramos, que não aceitamos as injustiças, que queremos uma nova chance, que queremos um mundo melhor... é esse medo que nos impede de ver o lado bom das coisas, que nos impede de agir, de mudar, de sentir... talvez seja por medo que a humanidade se condena, se massacra, se maltrata... mas vale lembrar que esse medo nos paralisa, nos cega, nos cala, e se continuamos com medo é esse medo de sentir medo que nos mata sinlenciosamente...

Fico olhando como é difícil passar de uma fase da vida para outra, é como se estivéssemos perdidos em um mundo desconhecido (se bem que de certa forma é isso que acontece) onde procuramos de qualquer forma nos encontrar. Talvez por isso fazemos tanta besteira na adolescência tentamos nos encontrar nos nossos erros, nas nossas burradas, nos nossos questionamentos... Talvez por nos sentirmos tão pequenos queremos descobrir a verdade de qualquer forma tentando questionar as regras de um mundo adulto que ainda está distante de nosso alcance, e por muitas vezes tentando entender acabamos não entendendo nada!

Que fase difícil onde parece em alguns momentos que vai dar tudo errado, onde os neurônios não ajudam em muitas coisas e os adultos não entendem as nossas duvidas, em contrapartida é a “melhor” fase da vida (depois da infância) onde podemos aprender com os nossos erros onde as grandes amizades começam, onde experiências são trocadas e aprendemos a valorizar o tempo e eternizar momentos. E por mais complicado que pareçam os dias também vemos a facilidade das nossas escolhas. E olhando os adultos vejo que fica a imensa saudade de uma fase em que hoje para muitos, como eu, parece eterna e complicada. Acho que devo aproveitar melhor ainda os bons momentos, afinal por mais que os eles sejam “eternos enquanto durem” não são para sempre, e não quero ficar com uma imensa culpa de nada ter feito daqui a alguns anos.